Voltamos a namorar à janela?

Os beijos agora são virtuais, tal como os abraços. Nas notícias e pela Internet fora, vemos imagens de casais separados por um vidro ou acrílico, separados por videochamadas e distâncias físicas que se colmatam com palavras de apreço, de carinho. Na impossibilidade de o contacto físico ser uma realidade (constante), a forma como se namora hoje em dia sofreu alguns ajustes!

A esperança é a última a morrer

É no amor que muitas vezes o ser humano se refugia e encontra forças para avançar perante as adversidades. Nestes tempos difíceis que atravessamos é importante continuar a acreditar: ter esperança que o Amor pode salvar. Segundo a opinião da Dra. Liliana Paiva, Psicóloga e Coordenadora da Amore Nostrum: "De facto, por todo o Mundo, as histórias de amor multiplicam-se e são inúmeros os relatos de casos de amor que nasceram em plena pandemia, apesar da distância, das máscaras e apesar de tudo. A distância social torna o amor mais apetecível e, principalmente, mais urgente."

Esta realidade transporta-nos para os tempos antigos, em que o namoro significava distanciamento físico e as declarações de amor se encontravam em discursos de sinceridade, em pequenos bilhetes que pela fresta da porta deslizavam ou pelos olhares que se cruzavam à janela. Na altura, matavam-se saudades sem recorrer ao toque, sem um abraço ou sem dar as mãos. Os corações entrelaçavam-se apenas em pensamento.

Com todos os constrangimentos que a pandemia trouxe à vida de todos, é imperativo continuar a acreditar no Amor, e em como este pode ser a chave para dias mais luminosos e os dissabores do quotidiano parecerem triviais. Recuse-se a deixar morrer a vontade de encontrar a sua Alma Gémea, nem que isso signifique ter de voltar a namorar à janela!

Cansado de estar sozinho(a)?

Na obra de Franz Kafka encontra-se esta citação que define, em parte, o que lhe queremos transmitir: "Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer”. Não desista do Amor! Sozinho(a), a vida tem menos sabor. O arco-íris tem menos cores e o mundo da janela parece ser mais pequeno.

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